Pinacoteca

do Beiru.

Um espaço para realização de novos encontros envolvendo arte e trocas de saberes.

A Pinacoteca do Beiru está em construção desde 2015. O artista visual Anderson AC fez do imóvel seu ateliê e idealizou o projeto a partir das relações que surgiram entre ele, a comunidade e a região ao longo desses anos.

 

Localizado na rua Direta de Tancredo Neves, no fim da Estrada das Barreiras, região do Cabula, em Salvador, a Pinacoteca do Beiru nasce da necessidade do artista Anderson AC em aproximar a comunidade do Beiru às artes visuais, compartilhando do espaço e do conhecimento que adquiriu ao longo dos seus mais de 15 anos de carreira como artista plástico.

 

O bairro do Beiru é hoje um dos mais populosos de Salvador e compõe uma área histórica de verdadeira resistência negra. O nome da localidade refere-se ao escravo Gbeiru, de origem iorubá, que segundo relato dos moradores da região, teria habitado e trabalhado na localidade no século XIX. Contam que, depois de liberto, pelo seu trabalho e lealdade com os seus senhores, fora presenteado com um pedaço de terra pelos seus ex donos, os membros da Família Garcia D’Ávila, usando desta terra para receber diversos ex-escravos retirados das ruas de Salvador. De lá para cá, desde 2015, o ateliê de Anderson funciona neste local, uma edificação de três andares que existe desde os anos 1990, localizada em uma das esquinas que dá acesso à comunidade Vila Dois Irmãos. O lugar antigo, pouco estruturado e de propriedade do artista, ao longo destes cincos anos passou por diversos ajustes e reformas e hoje se mostra apto para a realização de atividades artísticas, de cidadania, lúdicas e de formação cultural na comunidade.

 

A ideia de abrir o ateliê, transformando-o num espaço de compartilhamento, se coloca também como uma oportunidade de integrar a comunidade do Beiru ao trabalho artístico de Anderson, oferecendo uma forma de acesso a quem nunca teve contato com as artes visuais. Trabalhar com tamanha proximidade física da população também permite ao artista fruir com as belezas de boa parte das pessoas que residem ali, transpassadas nos olhares e sorrisos dos que hoje contam a história do lugar.

 

Anderson AC, que é nascido e crescido na periferia e que no decorrer dos anos perdeu todos os entes do seu núcleo familiar mais próximo – mãe, pai e irmão, por causas diferentes e num curto intervalo de anos – encontrou na arte a sua forma de re-existir. Chegou o momento de compartilhar.

Galeria de Imagens.

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Antes e Depois.

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