Anderson AC.

Artista tem longa trajetória nas artes visuais baianas. Grande vivenciador das ruas soteropolitanas, iniciou sua carreira como artista urbano no início dos anos 2000 e hoje tem se destacado como a nova geração de artistas plásticos baianos.

Anderson AC iniciou sua vida artística como grafiteiro, integrando o coletivo 071crew, grupo de grafiteiros que realizou diversas intervenções urbanas na cidade entre os anos 2000 a 2010. A partir de 2007, começa a apresentar seus trabalhos em mostras coletivas, com destaque para a Original Vandal Style, além das mostras 3 Pontes, na II Trienal de Luanda, Arte Lusófona Contemporânea, no Memorial da América Latina em São Paulo, Afetos Roubados no Tempo, no Centro Cultural da Caixa, em Salvador e Muros, coletiva que reuniu onze grafiteiros baianos na Galeria do Ferrão, no Pelourinho.

 

Realizou residência artística em dois locais relacionados às suas origens, primeiro em Luanda, Angola, durante a II Trienal (2010), que teve como temas as Geografias Emocionas – Arte e Afetos, e depois na cidade de Évora, Portugal, onde realizou sua primeira exposição individual intitulada A Busca (2010). Outras exposições individuais foram realizadas ao longo destes anos: Álbum de Família, na Galeria Sosso (São Paulo, 2011), O Diário de Bordo ou O Livro dos Dias, na Agora Galery, pertencente ao Conselho da Europa, em Estrasburgo, França (2016), a qual também foi apresentada em Salvador, no ACBEU (Associação Cultural Brasil-Estados Unidos), em 2017. Em 2019, apresenta ainda a mostra Pintura Muralista no Museu Afro-Brasil, em São Paulo, um dos pilares da resistência artística visual da arte negra no Brasil.

 

Ao longo de sua formação, participou de encontros e palestras com nomes representativos do universo artístico brasileiro, tais como Lisette Lagnado, Charles Watson, Ana Pato, Agnaldo Farias, Marcelo Rezende, Fernando Oliva, Ayrson Heráclito, Daniel Senise, Renata Lucas, Josué Matos e Almandrade. Atua nas áreas de pesquisa, curadoria e construção de poética em artes visuais. Foi assistente de curadoria de Marcelo Resende e Fernando Oliva, hoje curador do MASP (Museu de Arte de São Paulo), na III Bienal de Artes da Bahia, ocorrida em 2014 em Salvador. Como grafiteiro, tem obras espalhadas nas ruas de Luanda, Lisboa, Recife, Natal, Cachoeira, Santo Amaro, Feira de Santana, Rio de Janeiro e Salvador.