Grande artista visual e urbano de Salvador, tem seu nome espalhado pelos quatro cantos da cidade com sua caligrafia rica e autoral. Morador de Narandiba, Anderson e ele se conheceram a partir da vivência da arte urbana, na qual Alex é um grande símbolo na Bahia. Foi um grande parceiro de dois dos maiores grafiteiros de Salvador, Sinal e Scank, assassinados nos anos de 2012 e 2019, uma triste realidade não muito distante dos artistas que se arriscam, seja por cima das janelas, escalada ou rapel, para deixarem suas mensagens e sua arte estampadas na selva de concreto das grandes cidades. O dia da fotografia de Alex na Pinacoteca foi a primeira vez em que ele e Anderson AC se conheceram pessoalmente, suas trocas até então eram apenas de forma virtual, simbólica, mas de muito apoio, pois Alex acompanhou de longe a realização do Pinacoteca do Beiru Festival de Arte, admirando a iniciativa e reconhecendo a necessidade da luta por visibilidade artística na periferia. Com sua visão política e atitude, simboliza não apenas a força contra um sistema injusto, genocida e perverso, que extermina jovens e os faz lutar entre si, mas o primor artístico elaborado em letras extremamente sofisticadas, que remontam a aspectos do fundamento caligráfico da pixação baiana nos anos 90, e que hoje configura uma de nossas mais poderosas linguagens. Viva o pixo, viva o grafitti, viva a arte de Rua.