Quando Dyaln adentrou no restaurante vizinho à Pinacoteca, onde costumamos almoçar, sua beleza chamou a atenção. Puxamos conversa, falamos do projeto de abrir as portas da pinacoteca e prontamente ele topou conhecer. Jovem bastante educado, centrado em suas opiniões, mantem discrição, seguindo no seu esforço de seguir a vida sem medo. Nasceu e cresceu no Beiru e quando decidiu fazer a foto, nos contou que tinha grande interesse por grafitti, um desejo que surgiu quando viu na televisão as muitas matérias sobre o assassinato de um de nossos grafiteiros mais importantes de Salvador, Scank, morto em 2019. No momento da foto, Dylan demonstrou desenvoltura, exercitando sua criatividade, propondo poses e se “auto-dirigindo”. Foi um bastante momento especial, um processo contínuo, fluido, poético, quase uma dança, uma oração. Foi dos momentos mais marcantes dessa etapa do festival porque sua verdade apareceu de forma muito espontânea. Dylan é um jovem que clama por um Estado de Direito para todos os cidadãos, educação básica de qualidade, esporte, ciência, conhecimento. Um jovem que conhece a dor da perda e a luta para não tornar-se Número. Satisfação enorme tê-lo aqui.